Emanuel Manasse

Manolache Manasse nasceu em 1909, em Tutova, na Romênia, e faleceu em 1989, aos 80 anos de idade, em West Palm Beach, nos Estados Unidos. Foi escultor e, de 1951 a 1984, viveu no Brasil, onde adotou o nome artístico de Emanuel Manasse. Participou da 2a Bienal de São Paulo, em 1953, com a escultura em bronze A Jumenta. 

Apesar de ter produzido peças referenciais, sabe-se muito pouco sobre sua trajetória. Há registros que contam que seu interesse pelas artes desabrochou ainda na adolescência, quando, aos 12 anos de idade, conquistou um prêmio de desenho no colégio. Aos 15, mudando-se para a Itália, dedicou-se ao estudo da escultura. Passou por Roma, formou-se pela Academia de Belas Artes de Florença e foi para Paris. 

Na década de 1940, por volta dos 32 anos de idade, transferiu-se para a Inglaterra, onde conheceu e casou-se com Giovanna Maria Pardini, também artista plástica. Em Londres, durante a Segunda Guerra Mundial, sobrevivia produzindo esculturas de jardins. Em 1951, ainda no período londrino, conheceu Pietro Maria Bardi, que o convenceu a mudar-se para o Brasil. 

Em São Paulo, Manasse manteve diálogo com os modernistas e dedicou-se à produção de peças para projetos arquitetônicos e coleções privadas. Pardini abriu um escritório de design de interiores, no qual expunha algumas de suas pinturas. Em 1984 mudaram-se para os Estados Unidos, onde passaram seus últimos anos com a irmã de Giovanna, Linda Buscaglia. 

A obra exposta no parque da Fundação Maria Luisa e Oscar Americano, nas imediações da área da piscina, foi adquirida por volta de 1955, onde desde então permanece. Trata-se de uma peça volumosa, em bronze, com tons esverdeados, representando uma figura feminina que aparenta estar no instante de repouso em um nado. Foi apelidada de A Sereia.