Karoly Pichler
1906-1982





Karoly Pichler nasceu em 13 de junho de 1916 em Budapeste e faleceu em 24 de dezembro de 1982, aos 66 anos de idade, em Viena. Escultor e ceramista, viveu em São Paulo por 31 anos, de 1951 a 1982.
Cresceu e viveu em uma família de classe média alta de Budapeste, cidade onde, desde jovem, colecionava arte. Formou-se em Direito e atuou na advocacia até 1948, ano em que, por motivos políticos, mudou-se para a Itália com sua esposa, Edith, cantora lírica. Em Roma, juntou-se aos artistas dos ateliês da emergente vanguarda italiana. Nesse período, aprendeu cerâmica e escultura com o renomado Corrado Schiavetto (1913-2013).
Em 1951, o casal Pichler migrou, sem recursos, para o Brasil, instalando-se em São Paulo. Karoly, poliglota, falava 8 idiomas, habilidade que o ajudou a conseguir trabalho nos primeiros tempos, bastante difíceis. Aos poucos, alcançou prestígio e expressão nas artes plásticas. Sua produção de cerâmica e escultura passou por diferentes fases: experimentou a diversidade de formas e materiais, trabalhou com ferro, aço inoxidável e bronze.
Karoly Pichler participou de Bienais nos anos de 1960 e 1970. Foi premiado em vários Salões de Arte e fez cerca de 100 exposições, individuais e coletivas, tanto no Brasil quanto no exterior. Em 1982, já́ com a saúde abalada por anos de trabalho e pelo manuseio de materiais tóxicos, foi convidado para uma mostra coletiva em Budapeste, L’homage à la terre natale, que reuniu vários artistas húngaros que residiam fora do país. Na volta ao Brasil, em passagem por Paris, faleceu.
Em 1984, Edith Pichler doou um conjunto de obras de seu marido à Fundação Maria Luisa e Oscar Americano. Entre as esculturas recebidas, 16 encontram-se em exposição permanente, distribuídas, com destaque, ao longo dos 75 mil metros quadrados de área verde que formam o parque da instituição. Trata-se de peças em aço inoxidável que expressam leveza e movimento.