Oswaldo Arthur Bratke
1907-1997



Oswaldo Arthur Bratke, terceiro filho de Amélia Von Giessel e de Arthur Bratke, nasceu em 24 de agosto de 1907 e faleceu em 06 de julho de 1997, aos 89 anos de idade, em São Paulo. Foi casado com Helena Ciampolini, com quem teve três filhos: Carlos, Roberto e Maria de Lourdes.
Combinando rigor e talento com seu tempo e lugar, foi um dos mais expressivos representantes das primeiras gerações da arquitetura moderna brasileira. Em sua maturidade profissional, a partir dos anos 1950, decantou influências de Mies van der Rohe, sobretudo a valorização expressiva da estrutura. Foi contemporâneo dos principais agentes do movimento moderno internacional, conhecendo pessoalmente Walter Gropius (1883-1969), Hugo Alvar Aalto (1898- 1976), Richard Neutra (1892-1970), Kenzo Tange (1913- 2005) e Marcel Breuer (1902-1981).
Além de serem colegas de faculdade e sócios em pequenos e grandes empreendimentos, Oswaldo Bratke e Oscar Americano de Caldas Filho mantiveram laços de amizade durante toda a vida. Em 1929, ainda estudantes, abriram um escritório de topografia, em sociedade com os colegas Eduardo Kneese de Melo e Clóvis Silveira. Nos anos 1950, a dupla foi responsável pela criação, planejamento e urbanização do bairro Paineiras do Morumbi.
Entre as décadas de 1930 e 1960, Bratke manteve um dos mais ativos escritórios de arquitetura do Brasil. Constituiu um extenso acervo de obras, projetando e implantando mais de 1,2 mil edificações de norte a sul do país, cuja diversidade e complexidade de proposições não se limitou a projetos residenciais, embora ainda hoje o arquiteto seja frequentemente lembrado como um mestre inigualável na arte de criar espaços domésticos acolhedores e funcionalmente adequados. Fértil e contumaz inventor, interessou-se por tudo aquilo que envolvia a criação do espaço moderno, em suas diferentes escalas e especificidades. Projetou mobiliário, luminárias e componentes construtivos. Trabalhou no projeto das edificações do Parque Ibirapuera. Desenhou escolas, hospitais, indústrias, mas não apenas, chegando até a planejar e implantar dois assentamentos urbanos completos: a Serra do Navio e a Vila Amazonas, no Acre.