Símbolos do Poder
Colônia, reino e império
{"time":1747228487979,"blocks":[{"type":"paragraph","data":{"text":"A linguagem visual é uma das mais importantes formas de comunicação. Ao longo dos séculos, brasões, sinetes, medalhas e outros símbolos mostravam a quem pertencia uma propriedade, uma espada, um anel, uma porcelana ou até mesmo um império."}},{"type":"paragraph","data":{"text":"Podemos reconhecer nas peças que compõem o acervo da Fundação Maria Luisa e Oscar Americano quem são seus antigos proprietários devido aos símbolos nelas contidos. Seus status sociais também são identificáveis pelos códigos de representação, como os diferentes tipos de coroas, uma para cada grau de nobreza."}},{"type":"paragraph","data":{"text":"Essas marcas de distinção e de proximidade com o poder podiam estar presentes em objetos de uso diário, como aparelhos de jantar e em livros com monogramas ou brasões nas capas, assim como em sinetes e escudos oficiais do Império. Também há objetos em que os proprietários não são conhecidos, mas o retratado, sim. É o caso de uma pulseira na qual se encontra a efígie de d. Pedro II, o representante máximo do poder no Brasil do século XIX, ou das medalhas com o rosto do imperador menino, ofertadas para a nobreza presente em sua coroação."}},{"type":"paragraph","data":{"text":"Mesmo com a mudança do sistema de governo, parte desses símbolos foram reinterpretados e permaneceram. Antigos títulos de nobreza, por exemplo, acabaram sendo acrescidos a nomes de família, como Rio Branco e Ouro Preto, entre outros. Isso também ocorreu com os símbolos nacionais. Após a Independência, em 1822, assumimos, entre nossas marcas de poder, elementos da fase de colônia. Com o fim da monarquia, a república reviveu antigas ordens nobiliárquicas transformando-as em condecorações civis, demonstrando que nossa história é um contínuo processo de rompimento e continuidade."}}],"version":"2.18.0"}
Paulo Rezzutti
Curadoria